Uma pergunta muito frequente nos consultórios odontológicos é sobre substituir ou não as restaurações em amálgama por restaurações em resina composta.

O apelo estético faz com que as pessoas procurem o cirurgião dentista com a finalidade de não ter mais aquela restauração escura que tanto incomoda. Mas será que este é o melhor caminho?

Os estudos tem mostrado que as restaurações de amálgama ainda constituem um ótimo material restaurador para dentes posteriores, embora estejam caindo em desuso, em função, principalmente, de suas propriedades estéticas e presença de metais pesados em sua composição.

Para que possamos entender melhor as vantagens e desvantagens da substituição das restaurações escuras por restaurações estéticas, devemos entender algumas propriedades de cada material:

O amálgama é um material de baixo custo, durável, com boa resistência ao desgaste, fácil de ser utilizado e com baixa infiltração marginal. Por outro lado não apresenta uma estética satisfatória, necessita de preparos retentivos (maior desgaste dentário) e pode pigmentar os dentes. O amálgama não adere à superfície dentária, não proporcionando também reforço para a estrutura remanescente.

A resina composta é um material que vem evoluindo com o passar do tempo e já temos materiais com capacidade de reparação dentária com ótima previsibilidade e qualidade, promovendo melhoras estéticas e permitindo reparações de fragmentos que com outro material não seria possível. No entanto a resina ainda possui em suas características desvantagens, como é o caso da sensibilidade pós-procedimento ( decorrente da técnica e das características do material) e grande sensibilidade quanto à maneira que é executada.

Portanto a substituição das restaurações de amálgama está indicada nos casos em que esta apresentou falha. Se o motivo for apenas estético talvez sua decisão deva ser repensada.

O cirurgião dentista pode avaliar cada caso e é quem pode orientar sua escolha. Consulte-o com regularidade.